30/03/2012 17:30

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRODUÇÃO DE TEXTOS

    Para se produzir um texto nem é preciso ser muito alfabetizado, a não ser que se deseje alcançar diferentes públicos e primar pela excelência. Só que isto não se dá somente através da escola, ou da boa e velha gramática da língua portuguesa. Esta possui sua importância na ambientação do indivíduo à língua materna como mero instrumento de uso para comunicar-se com os membros pertencentes do seu grupo social. No entanto, é só o básico mesmo que é ensinado, "decorado" na escola. E isso não resolve a problemática da língua em seus mais variados usos, além da redação, e, muito menos, da arte de escrever. Pois, através da linguagem, dialogamos com os outros e com o mundo à nossa volta, estabelecendo vínculos, modificando pensamentos, comportamentos, ampliando os horizontes e interferindo na tomada de decisões da sociedade; enfim, uma série de benefícios encerra a linguagem. O mais interessante é fazer bom uso dela. Uma dica bacana para quem pretende escrever competentemente é ler os autores consagrados das literaturas brasileira e portuguesa. Deste modo, é possível aprender verdadeiramente a língua, seus aspectos, suas particularidades, e não somente as regras gramaticais. Apesar de serem úteis a quem se aventura na escrita. Porém,  a gramática é sempre muito cheia de lacunas por não conter toda a completude do idioma. 

        A produção de textos é muito relativa quando analisada sob o ponto de vista do universo de cada escritor. Porque, no decorrer da vida, o indivíduo convive, ouve, fala, lê, age, influencia, é influenciado... Essas ações pertencem ao modo de conceber o mundo de cada um, e interferem na hora de se redigir um texto, por mais pequeno que este seja. Afinal, ao digitar ou escrever um texto original, o(a) autor(a) tem sempre uma intenção, como também, atribui, mesmo sem querer, características e ideias suas, pensamentos seus, experiências marcantes ou não; vividas ou não. Chama-se a isto de: intertextualidade. Naquele espaço, o(a) autor(a) interliga o texto com outros tantos que durante sua vida foram lidos, e com outros dele(a) mesmo.

        Um ponto chave para atrair o leitor interessado e curioso é manter o diálogo com ele nas linhas do texto. Ou seja, antes de mais nada, é necessário se definir que tipo de leitor se quer conquistar. E, a partir daí, então, atuar em conjunto com ele, produzindo sentidos que sejam claros para ambos. Com os quais ocorra uma identificação genuína, sem corromper a autenticidade.

        Com certeza, a prática de leituras diversificadas é que dará ao(a) produtor(a) do texto liberdade de expressão e prestígio em sua comunidade.

         

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